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O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu, em caráter excepcional, em decorrência do isolamento social, reconhecer a possibilidade da prática da telemedicina, como teleorientação, telemonitoramento e teleconsulta, dentro de padrões éticos e incluindo várias especialidades, com a finalidade de aproximar o paciente e o profissional enquanto houver necessidade de distanciamento.
Apesar de ser assunto controverso desde 2019, a telemedicina agora será colocada à prova, autorizada pelo Ministério da Saúde (MS), diante da pandemia causada pelo novo coronavírus. A telemedicina pode contribuir consideravelmente em situações como esta de pandemia, vez que investimentos em tecnologia poderão evitar que muitas instituições de saúde paralisem suas atividades no Brasil.
A telemedicina permite levar apoio médico geral e especializado, independentemente do local onde o paciente se encontre, e até permitir análise, monitoramento e identificação do quadro clínico de pacientes, além da emissão de resultados de exames, aumentando a possibilidade de serviços médicos a serem ofertados mesmo durante um quadro de isolamento social obrigatório devido ao risco de contágio.
Os serviços de saúde públicos e privados precisam de inovação constante e a telemedicina faz-se um investimento necessário. Não se pode perder de vista, porém, que a relação médico-paciente, por vezes já muito fragilizada, não pode ser comprometida de forma alguma com a frieza do atendimento distanciado e intermediado por máquinas. A medicina é uma área de inovações efervescentes que evolui diariamente e nós gestores da saúde não podemos ficar alheios, pois é fato que o teleatendimento veio para ficar e deverá ser visto como grande alternativa e conquista para os serviços de saúde públicos ou privados, seja para pacientes, instituições ou profissionais, mesmo quando sairmos desta crise. Uma nova normalidade deverá ser construída.
Admª. Elizete Alves
Mestra em Administração, MBA em Auditoria e Serviços de Saúde, Palestrante, Professora, Analista de T&D, Coach e Gestora de Saúde na Rede Privada.